Os porões da alma

Nós somos um armário com várias gavetas.

Nas gavetas de cima colocamos aquelas coisas de nós mesmos que queremos ver.
É o que valorizamos, o que gostamos em nós, é como nós queremos nos ver.

Nas outras gavetas vamos colocando as coisas em ordem de prioridade.

Diferente da primeira gaveta, já não são coisas tão agradáveis.

Na segunda gaveta já começamos a colocar coisas de que não gostamos tanto, que queremos esconder.

Da terceira em diante até a última, colocamos aquilo que nos parece feio, de que realmente não gostamos, que não queremos ver.

Mas, embora sendo feias, todas fazem parte do nosso ser. São as contradições que carregamos em nós. Fazem parte do nosso ser, por isso não devemos nos condenar mas nos aceitar e fazer uma auto-análise profunda e nos conhecer melhor.

No cotidiano temos o domínio das duas primeiras gavetas, mas as outras permanecem fechadas, isoladas.

Nos momentos difíceis de desequilíbrios, testes e terremotos emocionais, as duas últimas gavetas vêm a tona e nos deparamos com processos que muitas vezes não gostaríamos de lidar.

É nestes momentos que devemos estar conscientes e fazer uma faxina nestes porões da alma e criar espaço para coisas novas.

Este trabalho exige boa vontade, dedicação, perseverança e força interior para lutar contra as coisas escondidas e superá-las. Mudar os velhos hábitos exige trabalho diário. Não desista.

Um irmão hindu.
14-05-11

“Caminhai sem pensamentos ocultos na rota bendita que tomastes; ide sempre sem temor, afastando cuidadosamente tudo que vos possa entravar a marcha para o objetivo eterno.”

Do Evangelho Segundo o Espiritismo

0 Comments:

Post a Comment